Textos discutidos na Caminhada da Fraternidade 2011

25-05-2011 17:27

  "A Fraternidade e a vida no planeta", e como lema: "A criação geme em dores de parto". O assunto principal dessa campanha é o fenômeno do aquecimento global provocado pelas mudanças climáticas.

Textos Caminhada Fraternidade 2011.rtf (88,4 kB)

O gemido de dor de quem não tem quem conter suas lágrimas

 

 

O que é a dor? Na maioria das vezes, para não arriscar a palavra sempre, a dor é consequência. Ela vem de algo que está errado e, assim, a provoca. A dor é sinal de imperfeição, de alguma coisa que era para funcionar de um jeito e está de outro, causando uma pane. Vejamos, por exemplo, a “dor de barriga” ou a “dor de cabeça”, ou ainda, “dor de dente” e etc... Todas essas dores são provocadas por algo como, comer demais, comida estragada, excesso de bebida, mau cuidado com os dentes e por ai vai ...

Quando experimentamos essas dores ou outras mais, o nosso desejo é de logo nos livrarmos delas, tomamos as providências necessárias, buscamos soluções, procuramos quem pode nos ajudar e remédios que aliviam as dores.

É uma pena que só nos importamos com a dor quando ela dói em nós! A dor do outro nunca é igual a minha, pois a minha é sempre maior. A minha dor precisa ser tratada antes da dor do outro.

Quem dera pudéssemos ter o mesmo empenho em aliviar a dor do outro como temos em nos livrar de nossas dores!

A criação está com dores, GRITA! GEME! SOFRE! e não encontra ninguém para ajudar a aliviar sua dor. Ao contrário, só se vê destruição, poluição, uso ganancioso dos recursos naturais e muitos outros abusos.

A Igreja no Brasil este ano chama a nossa atenção para este aspecto: Vida no Planeta. A Campanha da Fraternidade é um modo de alertar-nos para realidades sofridas que precisam ter voz e vez na sociedade, temas que precisam ser conhecidos e debatidos e consequentemente propor iniciativas concretas para mudar o quadro doloroso da extinção da Vida no Planeta.

Que tal pensarmos que fazemos parte desta Vida no Planeta e que se a criação/a vida geme de dor, mais cedo ou mais tarde, nós também gemeremos e gritaremos, pois as consequências chegarão, em breve, até nós.

É ilusão pensar que nós não podemos transformar a realidade em que vivemos, é ilusão pensar que se não mudarmos de comportamento não seremos atingidos, é ilusão esperar grandes iniciativas para começarmos a fazer nossa parte.

Ao contrário, nós podemos mudar a realidade, somos sujeitos de transformação; já podemos perceber a mudança do clima e o quanto isso afeta o nosso dia-a-dia; e, por fim, vamos começar com aquilo que podemos fazer em favor da Vida no Planeta.

O pouco que fazemos para o bem ou para o mal é muito no conjunto da Vida no Planeta. Em caso de dúvida ... faça o bem!

 

                                                                                                                                             Padre Onaldo Júnior

 

 

Reflexão:

 

1 – De que forma o planeta tem expressado suas dores? Quais tem sido as consequências?

 

2 – O homem tem se compadecido com as lágrimas derramadas pelo planeta ou tem apenas se preocupado com suas próprias lágrimas?

 

3 – Você acha que as mudanças para a melhoria da qualidade de vida do planeta devem ser de iniciativa das autoridades públicas ou podemos realizar atividades independentes que visem a melhoria do meio-ambiente em que vivemos?

 

4 – Nossa comunidade tem feito alguma coisa para diminuir ou exterminar as lágrimas advindas das dores do planeta? E a população mundial, o que tem feito?

Homem e Natureza: obras de Deus que se misturam e se completam

 

O homem foi constituído depois de criado o Universo. Deus, ao contemplar sua obra, percebeu que era bom criar um ser que se parecesse com Ele, que tivesse os traços da divindade. E assim, surgiu a humanidade.

Ao homem, cabe cuidar de tudo que existe. Cuidar é a tônica da Vida, é o que gera continuidade e sustentação, é a delicadeza de Deus, através de nós. E este zelo se principia no jeito que cada um toma as rédeas de seu viver: ser sujeito, ou ser paciente?  No olhar que dedica a si mesmo, ao seu corpo - templo sagrado do espírito. Na forma como respeita o outro, no jeito com que trata a Natureza,  pois Natureza e homem são a mesma coisa. Há uma teia que os une em rede, e esta rede é que fortalece a existência. A energia que veicula na Mãe Natureza é a mesma que corre nas veias humanas: um e outro se misturam e se completam. Impossível Vida humana sem uma Natureza viva. Imagine o planeta sem água, fato que já ocorre em partes do mundo, onde não se tem água potável. Impossível viver sem se comprometer com o nosso entorno, sem se perceber parte fundamental no processo da Vida. Neste ano, a Campanha da Fraternidade traz como tema: Fraternidade e a Vida no Planeta, a criação geme em dores de parto... Toda campanha induz que algo está em falta... E o que torna a campanha produtiva e transformadora não é o tempo que se dedica a ela, é a reflexão que se faz da realidade em que se vive para se chegar à realidade que é necessária e justa. Não basta ler textos, é preciso ir mais fundo, cavar a terra do compromisso e tecer sulcos de fé e coragem para denunciar o erro e anunciar a forma de se corrigi-lo. Apontar os enganos é fácil, buscar solução é a diferença que devemos perseguir. O que se nos pede o momento presente é isto: ver o que existe, validar os acertos, rever atitudes dormidas e retrógadas e dar ao olhar um novo jeito de perceber. Ser um profeta que aponta o que deve ser transformado e vai junto, no cabo do arado, a fazer sua parte. Esta de dizer que tudo é culpa deste ou daquele, já virou prato requentado. Se vivemos em rede,  também nós somos responsáveis por tudo que acontece. As guerras surgem lá fora, porque primeiro passaram por nós, pelo nosso coração, por nossa mente, pelos sentimentos que fomos amordaçando, sem se dar conta de que sentimento ruim é aquele que não se assume... 

Quando corto a grama do meu jardim, eu atinjo as estrelas, tudo está interligado, o que ressoa em mim, ressoa no universo inteiro, daí a responsabilidade nossa tão nobre e intensa... Em mim, começa e termina tudo, fato consumado, não para engrandecimento da criatura humana, mas para se perceber o quanto nos cabe fazer, quão preciosos somos por carregar Deus em nós. Fraternidade e Vida no Planeta, encarnemos esta convocação e pratiquemos o bem para que a criação se manifeste viva, depois das "dores do parto", renascida, frutificada...

Caminheiros todos, meu abraço, bom caminho, melhores descobertas internas, excelente fazer, em rede. O Deus que há em mim, saúda o e que há em cada um de vocês.  Luz, Paz, Bem/Querer e Gratidão!

Maria Luiza

 

Reflexão:

 

1 – Sendo o homem e a natureza partes de um todo, o que tem feito o homem a agir contra a obra de Deus, da qual faz parte?

 

2 – O homem tem buscado soluções para melhorar a vida do planeta ou tem apenas procurado a quem acusar pelos gemidos de dor do planeta?

 

3 – O texto nos explica que vivemos ligados por uma rede, e que tudo o que fazemos ressoa no universo inteiro. O que cada um de nós tem praticado contra os interesses

 

4 - Quais as dificuldades que temos para aceitar a convocação para agir em prol do equilíbrio do planeta?

Fraternidade e a vida no planeta

“A criação geme em dores de parto (Rm 8,22)”.

 

O objetivo geral da campanha da fraternidade 2011 é contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam a enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.

Para entendermos melhor esse objetivo e como nós cristãos podemos contribuir para que o objetivo seja alcançado, é necessário entender a definição aquecimento global e das mudanças climáticas.

O aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra. A maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, como resultado de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento descontrolado.

Mas por que estes gases são considerados os grandes vilões?

Os gases do efeito estufa (GEE) ou gases estufa são substâncias gasosas que absorvem parte da radiação infra-vermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre, e dificultam seu escape para o espaço. Isso impede que ocorra uma perda demasiada de calor para o espaço, mantendo a Terra aquecida. O efeito estufa é um fenômeno natural. Esse fenômeno acontece desde a formação da Terra e é necessário para a manutenção da vida no planeta, pois sem ele a temperatura média da Terra seria 33 °C mais baixa, impossibilitando a vida no planeta, tal como conhecemos hoje.

Podemos perceber então que os gases não são os grandes vilões, o aumento descontrolado da geração desses gases pela ação antrópica é que causam toda a potencialização desse fenômeno natural aumentando a temperatura da terra.

Dentre estes gases estão:

O dióxido de carbono (CO2), gerado pela combustão de combustíveis fósseis, principalmente nos automóveis.

O metano (CH4), gerado pela decomposição de resíduos, (matéria orgânica), dispostos de forma inadequada em lixões, e pelo processo de digestão de animais herbívoros, carnívoros e onívoros (ex: pecuária, suinocultura).

Como podemos perceber, a ação antrópica está presente na causa do aquecimento global. É importante a conscientização de cada ser humano, para que possamos reverter esse quadro enquanto ainda dá tempo. Depende de cada um de nós. Você já está fazendo a sua parte?

 

Texto de Thimóteo Cezar Lima

Gestor Ambiental

Especialista em Gestão Ambiental de Resíduos Sólidos 

    

Reflexão:

 

 1 – O ser humano é o principal responsável pelo problema das mudanças climáticas. O que eu posso fazer para mudar esse quadro?

 

2 – Será que basta apenas que uma parte da população mude seus hábitos em prol da salvação do planeta?

 

3 – Como seria a vida na Terra se faltasse água potável, e se a temperatura elevasse em 10 graus a temperatura média de hoje?

 

4 – As mudanças dependem só de leis e do poder público, ou se houver vontade popular, podemos mudar a atual realidade?

O cuidado com a vida no planeta

A criação geme em dores de parto

 

A Campanha da Fraternidade de 2011 tem como tema:

 

De fato, é muito comum nós ouvirmos, principalmente das pessoas mais humildes, que os tempos estão mudados, que as chuvas, o frio e o calor não são como antigamente. As pessoas dizem que o clima está diferente, e está mesmo, todo o mundo percebe isso. E quanto sofrimento isso causa? Basta lembrar os mortos, os desabrigados, os que tiveram de migrar por causa da seca, os que perderam tudo. Diante dessa situação, precisamos pensar em duas coisas: a solidariedade para com as vítimas e a nossa contribuição para diminuir as tragédias.

 

Deus, que é nosso Pai e quer que todos nós vivamos como irmãos, exige de nós a solidariedade com os sofredores. A caridade é a palavra de ordem do cristão, que deve em tudo viver o mandamento de Jesus: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". O nosso amor com os sofredores e necessitados deve se tornar gesto concreto, principalmente,  por causa  das palavras de Jesus: "Tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes".

 

Por outro lado, a partir de atitudes simples, podemos contribuir para melhorar a situação. Uma primeira é a questão do lixo. Quanto mais evitarmos produzir lixo, tanto menos entulho colocaremos nas ruas, evitando entupir bueiros e tubulações, assim como, a proliferação de doenças. Com essa atitude, também diminuiremos a emissão de gases poluentes na atmosfera, que agrava o aquecimento global. Para isso, também é importante lembrar que quanto menos coisas supérfluas consumirmos, quanto mais levarmos uma vida  sóbria, menos consumista, tanto menos lixo produziremos, e também, diminuiremos a exploração de matéria-prima, o desmatamento e a poluição causada pela indústria e pelo transporte dos produtos. Outra atitude que ajuda é conversar sobre esses problemas para que outras pessoas também tomem consciência de sua responsabilidade com a preservação do meio ambiente.

 

Que Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, una todos os brasileiros nessa corrente que é a Campanha da Fraternidade, para que todos nós e as gerações futuras possam ter uma vida melhor.



Reflexão:

 

 

1 – Você já ouviu seus pais, avós ou pessoas com maior tempo de vida dizerem que o tempo está mudado? Quais são as principais diferenças apontadas?

 

2 – De que forma o homem tem contribuído para as modificações sofridas pelo planeta?

 

3 – Na sua comunidade, quais são os principais agressões ao meio-ambiente?

 

4 – Alguma atividade conscientizadora tem sido feita? Quais são as principais entidades e pessoas envolvidas na preservação do meio-ambiente em sua comunidade? Você os tem seguido?

 

5 – De acordo com as respostas anteriores, o que você poderá fazer, de agora em diante, para ajudar a melhorar o meio-ambiente de sua comunidade?

Mensagem de Bento XVI sobre a Campanha da Fraternidade 2011


 
                É com viva satisfação que venho unir-me, uma vez mais, a toda Igreja no Brasil que se propõe percorrer o itinerário penitencial da quaresma, em preparação para a Páscoa do Senhor Jesus, no qual se insere a Campanha da Fraternidade cujo tema neste ano é: "Fraternidade e vida no Planeta", pedindo a mudança de mentalidade e atitudes para a salvaguarda da criação.

 

                Pensando no lema da referida Campanha, "a criação geme em dores de parto", que faz eco às palavras de São Paulo na sua Carta aos Romanos (8,22), podemos incluir entre os motivos de tais gemidos o dano provocado na criação pelo egoísmo humano. Contudo, é igualmente verdadeiro que a "criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus" (Rm 8,19). Assim como o pecado destrói a criação, esta é também restaurada quando se fazem presentes "os filhos de Deus", cuidando do mundo para que Deus seja tudo em todos (cf. 1 Co 15, 28).

 

                O primeiro passo para uma reta relação com o mundo que nos circunda é justamente o reconhecimento, da parte do homem, da sua condição de criatura: o homem não é Deus, mas a Sua imagem; por isso, ele deve procurar tornar-se mais sensível à presença de Deus naquilo que está ao seu redor: em todas as criaturas e, especialmente, na pessoa humana há uma certa epifania de Deus. «Quem sabe reconhecer no cosmos os reflexos do rosto invisível do Criador, é levado a ter maior amor pelas criaturas» (Bento XVI, Homilia na Solenidade da Santíssima Mãe de Deus, 1º-01-2010).

 

                O homem só será capaz de respeitar as criaturas na medida em que tiver no seu espírito um sentido pleno da vida; caso contrário, será levado a desprezar-se a si mesmo e àquilo que o circunda, a não ter respeito pelo ambiente em que vive, pela criação. Por isso, a primeira ecologia a ser defendida é a "ecologia humana" (cf. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, 51). Ou seja, sem uma clara defesa da vida humana, desde sua concepção até a morte natural; sem uma defesa da família baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher; sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade, sem esquecer, neste contexto, daqueles que perderam tudo, vítimas de desastres naturais, nunca se poderá falar de uma autêntica defesa do meio-ambiente.


                Recordando que o dever de cuidar do meio-ambiente é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia a Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai, e uma grande herança Deus confiou aos brasileiros, de bom grado envio-lhes uma propiciadora Bênção Apostólica.


Vaticano, 16 de fevereiro de 2011

 

Reflexão:

 

1 – Para você, de que forma o homem e a natureza podem se integrar sem prejudicialidade?

 

2 – Deus confiou ao homem Sua criação. E o homem, tem confiado em Deus para administrar a criação?

 

3 – O egoísmo humano tem provocado danos na criação. Quais outras características humanas têm contribuído para o desenvolvimento desses danos?

 

4 – O homem tem capacidade de cuidar do meio-ambiente sem que cuide de si mesmo?

 

Sobre a Campanha da Fraternidade 2011

 

                Esta é a 47ª Campanha da Fraternidade desde que foi criada em 1964. A conscientização sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas está entre os principais objetivos da Campanha deste ano. A busca de ações que preservem a vida no planeta é outra meta da CF.

 

                Com 124 páginas e dividido em quatro partes, o texto-base, carro-chefe da CF, apresenta o conteúdo a ser discutido ao longo da Campanha. Na primeira, faz uma análise da realidade procurando estabelecer as causas do aquecimento global e das mudanças climáticas. Toca na relação que há entre o aquecimento global e as atividades humanas; questiona o modelo energético do país; denuncia o desmatamento e as queimadas, responsáveis por 50% da emissão de gases de efeito estufa no Brasil; interpela o agronegócio e o atual modelo de desenvolvimento. A Campanha vai alertar, ainda, para a ameaça à biodiversidade e para o risco da escassez de água no planeta.

 

                A segunda parte do texto-base busca na bíblia, na teologia e na palavra da Igreja a fundamentação do tema e do lema da CF. Já na terceira parte, aponta diversas atitudes que podem ser tomadas por pessoas, comunidades, governo, empresas e instituições, com o objetivo de preservar a vida no planeta terra.

 

                Esta não é a primeira vez que a CF aborda o tema meio ambiente. Em 1979, a Campanha discutiu o tema “Por um mundo mais humano – Preserve o que é de todos”; em 2004, “Fraternidade e Água – Água, fonte de vida”; e, em 2007, a Amazônia foi lembrada: “Fraternidade e Amazônia – vida e missão neste chão”.

 

 

 

 

PARRESÍA (17/03/2011) – Campanha da Fraternidade “Fraternidade e Vida no Planeta”

 

                Na luta pelo meio-ambiente somos colocados diante de uma escolha: cultuar a Natureza como uma divindade e promover o neo-paganismo ou colocar-nos diante do Criador numa atitude de humilde obediência ao seu desígnio e ser verdadeiros cristãos.

 

                É com esta atitude de servo que o homem é chamado a dominar sobre a criação (Gen 1, 28). Ao se fazer homem, Deus concedeu uma maior dignidade ao ser humano. Por isto, o Papa Bento XVI nos recorda que existe uma ecologia do homem.

 

“Deve-se proteger também o homem contra a destruição de si mesmo. É necessário que haja algo como uma ecologia do homem, entendida no sentido justo. [...] O homem pretende fazer-se sozinho e dispor sempre e exclusivamente sozinho o que lhe diz respeito. Mas desta forma vive contra a verdade, vive contra o Espírito criador” (Bento XVI, Discurso à Cúria Romana, 22/12/2008).

 

“A arrogância do homem que vive como se Deus não existisse, leva a explorar e deturpar a  natureza, não a reconhecendo como uma obra da Palavra criadora. [...] Acolher a Palavra de Deus atestada na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja gera um novo modo de ver as coisas, promovendo uma ecologia autêntica, que tem a sua raiz mais profunda na obediência da fé, e desenvolvendo una renovada sensibilidade teológica sobre a bondade de todas as coisas, criadas em Cristo” (Bento XVI, Verbum Domini, 108).

 

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